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A pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, transformou o dia a dia de diversos setores da economia.
Há uma grande preocupação, acompanhada de intenso trabalho, em evitar o contágio no retorno de algumas atividades. De acordo com pesquisa mundial feita pela Boeing em julho deste ano, o brasileiro era um dos povos mais preocupados em contrair a Covid-19 em voos, com 74% dos entrevistados se mostrando “muito preocupado” – ainda segundo a pesquisa, a maioria dos passageiros no mundo (85%) tinham alguma preocupação em contrair a doença durante um voo.
De olho nesse cenário, o setor aéreo fez algumas modificações para que a retomada acontecesse da forma mais segura possível, adotando uma série de medidas de biossegurança. Aeroportos, companhias aéreas e todos envolvidos criaram métodos e protocolos de segurança para tornar a viagem de avião ainda mais segura em toda sua cadeia.
E as medidas foram bem recebidas pelos clientes. Um levantamento do Ministério da Infraestrutura, realizado em agosto, indicou que os viajantes têm confiança nas medidas adotadas pelo setor aéreo, com 53,1% dos entrevistados aprovando os protocolos sanitários utilizados em aeroportos e aeronaves para evitar a contaminação. A mesma pesquisa mostrou que 53,6% dos entrevistados disseram ter planos de voltar a voar já nos próximos meses.
Outros estudos mostram a segurança em viajar de avião e que as medidas são eficientes. Estudo recente da Escola de Saúde Pública TH Chan, de Harvard, concluiu que o uso universal de máscaras em ambientes como o de aeronaves pode reduzir o risco de infecção por partículas respiratórias para menos de 1%. O uso da máscara, junto a outras medidas, como aumento da ventilação com filtragem HEPA nas aeronaves e desinfecção de superfícies, oferecem proteção intensa contra a Covid-19.
“Sempre focamos em segurança e adotamos uma série de medidas de prevenção por conta da pandemia, com foco em higiene e desinfecção para o enfrentamento da Covid-19, a fim de proteger a integridade física da comunidade aeroportuária, funcionários e usuários dos aeroportos. Foi um trabalho realizado ao longo de todos esses meses e que vai continuar sendo otimizado, para trazer ainda mais proteção sanitária aos passageiros que chegarem e saírem dos aeroportos de Mato Grosso”, explica Marco Antônio Migliorini, diretor-presidente da Centro-Oeste Airports.
“Nosso trabalho era ajustar os aeroportos ao ‘novo normal’, para consolidarmos os hábitos recém-adquiridos e continuarmos na luta contra o novo coronavírus. E as coisas estão funcionando, sempre trabalhando em conjunto com nossos parceiros, como as companhias aéreas, para melhorarmos ainda mais a questão de biossegurança”, pontua.
Inovação e tecnologia
Como parte do esforço de biossegurança, a COA está com um projeto piloto que utiliza inteligência artificial e machine learning no sistema de monitoramento dos terminais aeroportuários de Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta. A tecnologia permite ao sistema aprender e entender diferentes tipos de situações, as operações ganham mais eficiência para gerir a ocupação dos espaços, monitorar o distanciamento entre as pessoas e detectar o uso correto das máscaras faciais.
“Continuamos trabalhando com inovações que tragam ainda mais biossegurança em nossos aeroportos. O sistema com inteligência artificial auxilia no monitoramento de várias questões de segurança e biossegurança”, finaliza Migliorini.